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25 de Abril de 2024

"Criança mimada é falta de educação, sim. E a culpa é dos pais"

há 4 anos

"Mesmo que você não tenha filhos, provavelmente já presenciou cenas semelhantes: criança se jogando no chão e gritando porque não recebe o que quer na hora que está pedindo; criança gritando (e até batendo) nos pais porque não ganharam o que querem, na hora que querem; criança jogando comida no chão porque não é o que quer comer. Pois esse comportamento é de criança mimada e indica, sim, falta de educação.

Para a psicóloga Laurema Suckow de Castro uma geração de “crianças mimadas” está se formando por uma mudança social e até econômica. “O pais e as mães estão muito mais ausentes, trabalhando muito. As crianças ficam muito ligadas em aparelhos tecnológicos e tendo pouco contato com a família. Isso desencadeia um comportamento social sem muitos limites”, explica.

Limite aliás, é a palavra chave para lidar com uma criança mimada e também pode ser a “salvação” para esse tipo de comportamento. O problema, conforme analisa a psicóloga, é que a culpa dos pais acaba desencadeando um comportamento vicioso. Os pais não querem repreender a criança porque sentem culpa por não passar mais tempo com ela. Os filhos percebem essa culpa dos pais e usam ao seu próprio favor, testando limites e – também – a paciência.

“Uma criança mimada é uma criança que tem baixa tolerância à frustração. Não sabe ouvir um não e não consegue se comportar bem socialmente”, explica Laurema. Esse “não consegue” passa pela questão da criança saber que os pais não vão repreendê-la em um lugar público, por isso acaba colocando a família em situação constrangedora.

O que fazer nesses casos? Ser firme. Por mais que a culpa bata, os pais devem saber que os limites são essenciais na educação dos filhos e que são eles – os pais – que sabem o que é melhor para as crianças durante a infância. Isso significa saber se comportar durante um passeio e até comer o que os pais indicam, já que os adultos têm mais experiência para saber o que faz bem do que uma criança.

Parece lógico, mas muitos pais têm dificuldades em colocar limites nas crianças e terceirizam essa função, seja para a escola ou para especialistas. Laurema salienta que uma situação muito comum hoje em dia é os pais buscarem diagnósticos para criança, chamando-a de hiperativa ou mesmo buscando ajuda médica para lidar com um comportamento inadequado.

“Há diferenças grandes entre uma criança com alguma síndrome e uma criança sem educação, sem limites. Os pais não podem confundir. Na dúvida, é importante buscar orientação”, salienta Laurema.

O que fazer?

A psicóloga dá algumas dicas para lidar com crianças que estão fazendo birra ou manha constantemente. Confira:

Tenha controle da situação. Lembre-se: quem sabe o que é melhor para as crianças são os adultos e não elas.

Seja firme. Não volte atrás em uma decisão. A criança precisa confiar e sentir-se segura com a decisão do adulto.

Não sofra. Saiba que dar limites é positivo para a criança. Uma criança mimada é manipuladora e sabe o “ponto fraco” dos pais. Não caia no jogo.

Fuja do consumismo. Não tente compensar o tempo que você passa fora com presentes. O que vale é a qualidade do tempo também, portanto, presentes, só em datas especiais.

Dê tarefas para que as crianças cumpram de acordo com a idade e maturidade delas. Estimule a independência.

Faça combinados e mantenha as regras. Antes de sair de casa para um passeio, lembre os acordos da família: nada de birra, manha ou pedir para comprar alguma coisa. Não dá para fazer tudo o que as crianças querem, isso prejudica um crescimento saudável!"

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3 Comentários

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A psicóloga em questão se arvora em ter a solução para a educação dos filhos (e dos pais também) através de conceitos pré estabelecidos.

Vamos parar de achar que o Ser Humano é feito em série como se fosse um bonequinho eletrônico.

Cada ação tem um efeito e uma causa diferente em cada Ser.

Ademais, não vejo a bacharela paranaense como autoridade no tema.

Freud explica esta rotulação genérica feita pela psicologia.

Nunca segui nenhum dos conselhos da psicóloga e tenho três filhos muito educados, bem sucedidos e NORMAIS. continuar lendo

Eu faço terapia com criança, e mediação familiar e maioria das crise de malcriação e culpa dos pais sim. continuar lendo

Prezado Rafael, esta é a sua opinião, que diga-se de passagem, não passa de uma constatação pessoal dentro de um universo restrito.

Entre uma opinião é uma definição de certeza há um abismo intransponível.

Este estudo, com esta conclusão, não mereceu nenhuma página da literatura científica oficial.

A conclusão da citada psicóloga é apenas uma mera constatação leiga, sem nenhuma comprovação científica. Não fez parte de qualquer tese de mestrado ou doutorado.

A CF dá a você, a ela e a quem mais quiser o direito de se expressar conforme suas convicções, o que é bem diferente de uma conclusão científica.

Muitas são as causas de crianças desajustadas (ou malcriadas na sua concepção). No entanto não há como sempre, responsabilizar os pais.

Sem qualquer estilística oficial, arrisco dizer que uma pequena parte do desajuste dos filhos é culpa dos pais.

Abraços. continuar lendo